Brasília. O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou que vai antecipar, para 11h de hoje, a sessão conjunta da Câmara e do Senado, marcada inicialmente para à tarde e destinada à apreciação de vetos e da nova meta fiscal.
Por causa da sessão conjunta, a reunião processante do impeachment, que estava marcada para hoje também às 11h foi adiada para amanhã no mesmo horário. "O Congresso vai tratar o novo governo do mesmo jeito que tratou o anterior, aprovando matérias que interessam ao Brasil", disse Renan Calheiros, logo após receber o projeto de lei que altera o déficit previsto para este ano das mãos do presidente da República interino, Michel Temer.
Renan comentou também a disposição anunciada por parlamentares petistas e aliados do governo afastado de obstruir a sessão de amanhã e não permitirem que a votação dos vetos e da nova meta ocorra. "Obstrução é regimental, parar a sessão não", afirmou.
Os parlamentares da oposição fizeram diversos discursos anunciando que devem trabalhar contra a votação da nova meta fiscal amanhã. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministra da Casa Civil no governo Dilma Rousseff, afirmou que o Congresso não está pronto para analisar a nova meta.
Temer
O presidente interino, Michel Temer, foi recebido aos gritos de "golpista" pelos deputados do PT, Paulo Pimenta (RS) e Moema Gramacho (BA), ao visitar o Senado ontem.
O peemedebista entregou ao Congresso a nova previsão de meta fiscal do governo, com déficit primário de R$ 170,5 bilhões.
Apareceu ao lado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do ministro Romero Jucá (Planejamento), que se licenciou ainda na noite de ontem devido à denúncia de tentar obstruir a Lava-Jato. (Diário do Nordeste)