Dados são das Estatísticas do Registro Civil. Estado teve 7,8% mais mortes em 2021, somando 70,5 mil. O total de divórcios também cresceu: 42,9%
No segundo ano da pandemia de Covid-19, o Ceará teve 70,5 mil registros de óbitos. Foram 5,1 mil mortes (7,8%) a mais do que em 2020, com a maior parte dos casos entre mulheres e com destaque à faixa etária de 70 a 74 anos. Os dados são das Estatísticas do Registro Civil, divulgadas nesta quinta-feira, 16, pelo IBGE. No Brasil, o número de óbitos em 2021 aumentou 18%: totalizando 1,8 milhão de mortes, 273 mil a mais.
“A pandemia de Covid-19 mexeu muito com a parte demográfica do país. Quando a demografia faz seus estudos, desenvolve projeções baseadas em um cenário mais ou menos estável. Mas o número de nascimentos ficou muito abaixo do que a própria projeção do IBGE indica e o número de óbitos, muito acima”, observa a gerente da pesquisa, Klívia Brayner.
Além do cenário sobre óbitos e de nascimentos (cresceram 1,4% de aumento); as estatísticas contemplam ainda o número de divórcios (destaque para o crescimento de 42,9% em relação a 2020, totalizando 12.254); e ainda o total de casamentos, com alta de 11,5%, sendo 372 deles entre pessoas do mesmo sexo, exibindo crescimento de 48%.
A gerente da pesquisa destaca as dificuldades que o IBGE vem enfrentado na coleta dessas informações. “Rotineiramente, o IBGE encontra dificuldades para obtenção dos dados de divórcios, que são contornadas com o diálogo entre as Superintendências Estaduais e a Corregedoria Geral da Justiça dos Estados. Com a informatização das Comarcas e a suspensão do atendimento presencial na pandemia, os problemas aumentaram, com o acesso aos sistemas ficando ainda mais difícil”, explica Klívia. (O Povo - é parceiro de oxereta.com)